Paulo Câmara, Flávio Dino e bancada de deputados do
PSB entra em campo pela aprovação da Federação com
PT, PV e PCdoB.
KATHARINA GARCIA
AGNOT
– 23.02.22 – KG – Após muitas discussões e idas e vindas, crises e
rompimento, aproximações e gestos de um lado e de outro, após o fechamento do apoio
do PT á candidatura a governador do PSB de Pernambuco, deputado Danilo Cabral
com a retirada da candidatura do senador Humberto Costa e a declaração de total
apoio do PSB a candidatura de Lula a presidente da República, feita pelo
prefeito de Recife, João Campos, o Partido Socialista Brasileiro entra agora
numa nova fase de adopção e ao mesmo tempo de disputa.
Dois grupos dentro do PSB entram em
campo para levar o partido as eleições de 2022. Por um lado, os que defendem a Federação,
onde avaliam que unidos ao PT, PV e PCdoB o partido elegerá mais parlamentares
federais e estaduais, passando dos atuais trinta (30) deputados federais para a
eleição de quarenta a cinquenta, que terá espaço prioritário no governo Lula
para desenvolver suas políticas públicas e será o protagonista da unidade das
forças de esquerda no país. Essa é a posição principalmente dos deputados
federais, que em sua maioria são também os presidentes dos diretórios estaduais
do PSB no país e com isso facilita a aprovação da Federação. Da mesma forma é a
posição adotada por dois dos três governadores do PSB, Flávio Dino e Paulo
Câmara, que trabalham nos bastidores, mas declaram publicamente sua simpatia
pela Federação Partidária. Vários outros dirigentes nacionais como os ex-governadores
do Piauí, Wilson Martins e de Sergipe Antônio Carlos Valadares demonstram
simpatia pela Federação e já fecharam acordos em seus respectivos estados com o
PT.. O apoio a Federação cresce na base na medida que seus principais líderes fazem
as articulações e trabalham votos dentro do Diretório Nacional.
Por outro lado, alguns outros
dirigentes do PSB como os ex-governadores Márcio França e Rodrigo Rollemberg, o
ex-candidato a vice-presidente da República Beto Albuquerque e o atual
governador do Espirito Santo Renato Casagrande já se declararam contra a
Federação. Enquanto o presidente nacional do partido Carlos Siqueira busca unir
o partido conversando com todas as correntes envolvidas na disputa.
Numa recente reunião de Carlos Siqueira com os deputados federais, dos 26 deputados da bancada presentes, 25 se manifestaram a favor da Federação e somente 01 contra. Da mesma forma dos 27 presidentes estaduais 22 foram a favor e apenas 05 contras. Enquanto dentro das bases sociais e militância do partido dois dos principais dirigentes nacionais e históricos dirigentes, Acilino Ribeiro, Coordenador Nacional dos Movimento Populares e Joílson Cardoso, Coordenador Nacional do Movimento Sindical, trabalham favoráveis a Federação. É a soma desses apoios segundo a declaração de um deputado federal na última reunião da bancada federal, que forma a maioria que construirá a Federação, o apoio a candidatura de Lula e dará ao partido um protagonismo histórico nestas eleições.
O presidente Carlos Siqueira esteve reunido ontem com os governadores Flávio Dino e Paulo Câmara além de outros parlamentares favoráveis a Federação como o Líder da Oposição na Câmara Deputado Alessandro Molon, dentre outros, no entanto ninguém deu qualquer declaração sobre o assunto.
AGNOT – 23.02.22 – KG.
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