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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

 

Líderes do PSB articulam apoio às candidaturas de esquerda no 2º turno para eleger Boulos, Manuela e Edmilson

Por KATARINA GARCIA e MARCELLE QUIROGA

 

     
      Esquerda busca construir unidade para o segundo turno




 Mídia Sem Fronteiras / MSF -– 17.11.20 – KG – Os principais líderes as ala mais a esquerda do Partido Socialista Brasileiro, buscam, numa corrida contra o tempo costurar acordos regionais internos dentro do PSB para que o partido apoie as candidaturas de Guilherme Boulos em São Paulo, Manuela D’Ávila em Porto Alegre e Edimilson Rodrigues em Belém.

           Além do próprio presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que se move com discrição para costurar esses apoios, Mídia Sem Fronteiras apurou que dirigentes nacionais como o Deputado Alessandro Molon, (RJ) Líder do PSB na Câmara dos Deputados, Deputada Lídice da Matta, (Ba), relatora da CPI das Fake News, Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba, Acilino Ribeiro, Secretário Nacional do MPS – Movimento Popular Socialista, principal segmento político do PSB,  e ainda o governador Paulo Câmara, de Pernambuco são os principais gestores dessas articulações internas e externas para empurrar o PSB para a esquerda.

            Segundo informações colhidas nas lideranças dos partidos de esquerda no Senado e Câmara, do PSOL, PCdoB, PDT e PT, o deputado Alessandro Molon já teria conversado com os principais líderes partidários e intermediado conversas com o presidente Carlos Siqueira. A Deputada Lídice da Mata tem se articulado também com outros parlamentares do partido nos estados para forçar uma tomada de posição das executivas estaduais em favor dos candidatos de esquerda.  Ricardo Coutinho já teria conversado com dirigentes nacionais dos demais partidos e com alguns desses candidatos, e Acilino Ribeiro, que já orientou o MPS e todos os núcleos de base do partido a entrarem na campanha de Boulos, também sugeriu as direções estaduais do MPS a forçar uma tomada de posição do PSB nos estados em favor de Manuela e Edmilson, respectivamente em Porto Alegre e Belém.

               Essas articulações estão acontecendo de forma independente entre os líderes socialistas, sem uma coordenação, mas de forma a conseguir um mesmo resultado, informou um assessor parlamentar na liderança dos partidos de esquerda e um parlamentar socialista.

              Além dos quatro dirigentes nacionais acima, outros líderes, como alguns dirigentes socialistas locais estão se movendo na busca de aproximar o partido das correntes progressistas para uma forte articulação contra as candidaturas bolsonaristas e de João Dória.

               Os presidentes nacionais dos partidos de esquerda Carlos Lupi, do PDT, Juliano Medeiros, do PSOL, Luciana Santos do PCdoB, Gleisi Hoffman do PT e Carlos Siqueira, do PSB, tem procurado manter uma linha de moderação entre as candidaturas progressistas destes partidos onde os mesmos estejam disputando entre si o segundo turno para não prejudicar futuros acordos visando 2022.

 

Por KATARINA GARCIA e MARCELLE QUIROGA - SP / RJ / DF.

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