Reitor
da Universidade Popular anuncia acordo de cooperação internacional com Universidade de Gaza
para ajudar palestinos a reconstruí-la
Por VALENTINA KALIL
Acilino Ribeiro anunciou que a assinatura se dará tão logo seja possível
ele ir a Gaza e poder fazê-lo e que já existem articulações políticas internacionais
nesse sentido, inclusive anunciou que se for preciso tentará furar o bloqueio
perpetrado por Israel. Afirmou ainda que conversou meses atrás com o embaixador
da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zebem e que expôs o plano de ajuda através
da UNIPOP, que o embaixador gostou da ideia, agradeceu
pela iniciativa e prometeu ajudar nas tratativas. Outrossim Acilino negou que tenha
feito contato com o Hamas para consolidar a iniciativa, uma vez que já foi
acusado pela Revista IstoÉ de ter ligações com o grupo de resistência palestina
anos atrás quando em 2014 foi advogado dos refugiados palestinos da Faixa de
Gaza que vieram para o Brasil dentre outras atividades as quais ele esteve presente.
Acilino Ribeiro informou que
este é o primeiro acordo de cooperação internacional da UNIPOP BRASIL, e que
mesmo tendo outros em vista com outras universidades as quais ele vai procurar
e tentar articular, como com as universidades de Moscou, Pequim, Havana, Hanói,
Teerã, Pyongyang, Caracas e Manágua, ele fez questão de decidir por assinar
primeiro com a Universidade de Gaza dado o sentido simbólico que isso representa e demonstrar o
apoio e a solidariedade dos professores e alunos da Universidade Popular para
com o povo palestino e em especial de Gaza.
Segundo o Reitor, o Plano de Cooperação foi elaborado por professores e estudantes da UNIPOP BRASIL e dentre outras iniciativas estão: enviar um corpo de voluntários composto por profissionais das áreas de saúde, como médicos, enfermeiras, dentistas, farmacêuticos e outros profissionais como engenheiros, arquitetos, advogados, economistas, pedagogos e vários professores além estudantes universitários destas diversas áreas citadas e também dos cursos de Sociologia, Relações Internacionais, Comunicação e quem deseje ajudar como também de pessoas da área de cultura como artistas, músicos e todo e qualquer profissional que queira contribuir na reconstrução de Gaza e da Universidade palestina, destruída pelos bombardeios. Segundo ele “Israel destruiu o prédio da universidade, mas não seu espirito revolucionário e humanitário, acadêmico e cultural. Esta universidade ressuscitará com mais força e sua própria história”.
Acilino disse ainda que trabalhará
pela formação de Brigadas Internacionalistas Acadêmicas, humanitária e
cultural, e que buscará apoio junto a ONGs e OSCs, embaixadas, sindicatos e
principalmente universidades brasileiras dispostas a ajudarem a deter o
genocídio praticado pelo que chamou de “governo terrorista e genocida de Israel” e
que não considera esse ato apenas um gesto simbólico, apesar do gesto de seus
professores e alunos, mas efetivamente “um
ato denúncia e de rebeldia contra uma situação em que o mundo precisa acordar
diante de tanta atrocidade e desumanidade”. Afirmou.
Perfil e fotos de Acilino Ribeiro no apoio a luta do povo palsetino.
PERFIL: Acilino Ribeiro é um internacionalista e combatente líder revolucionário da Geração 68 que lutou contra a ditadura militar no Brasil nas décadas de 1960 (militante do PCB) e a década de 1970 / 79, (guerrilheiro do MR8) durante os anos de chumbo. Nas várias saídas que fez do Brasil para escapar do Regime Militar estudou em Moscou, treinou na Líbia e atuou em vários outros países contra o imperialismo norte-americano. Conheceu Miguel Arraes em Argel no final dos anos 70, quando estava exilado, ingressou na FPLP – Frente Popular de Libertação da Palestina em 1978, quando já era segurança de Khadafy, e assim um antigo militante da causa palestina a quase 50 anos. E neste quase meio século de luta ao lado dos palestinos esteve com Yasser Arafat em várias ocasiões mas destaca duas delas, que foi a primeira nas comemorações dos vinte (20) anos de criação da OLP – Organização de Libertação da Palestina em maio de 1984 em Trípoli, na Líbia onde discursou entre Khadafy e Arafat juntos. E posteriormente Acilino esteve próximo a Arafat como membro de sua segurança pessoal a pedido do Coronel Muammar Khadafy de quem era amigo pessoal na inauguração do Complexo do Rio Artificial em Bengazy em 1988 que o líder líbio construiu no país.
Acilino também foi comandante militar de um Regimento guerrilheiro internacionalista no Deserto do Sahara, localizado na Faixa de Aouzou na guerra da Líbia com o Chade entre 1982 / 1987 onde a maioria dos guerrilheiros que lutavam ao lado dos líbios eram de uma brigada internacionalista e a outra metade de palestinos. Por sua luta internacionalista tornou-se o lendário Comandante Mercúrio, o famoso missionário de Khadafy que cumpriu várias missões mundo afora sob seu comando.
Após a anistia retornou ao PCB, com seu comandante militar e assistente político, ex-guerilheiro e ex-deputado Ricardo Zarattini. Foi eleito vereador de Teresina em 1982. Foi Secretário de Estado no Piauí e no DF, advogado de movimentos sociais, de sindicato de trabalhadores rurais e professor universitário no nordeste brasileiro.
Após a guerra que se iniciou em 07 de outubro de 2023 onde teve início o genocídio contra o povo palestino em Gaza ele fundou o Comitê Brasileiro de Articulação Nacional em Solidariedade ao Povo Palestino. Hoje é dirigente nacional do PSB, Partido Socialista Brasileiro e Reitor da Universidade Popular – UNIPOP BRASIL que exerce o papel de uma Internacional acadêmica e cultural mobilizando professores e estudantes em todo o mundo no apoio a causas populares e humanitárias, em defesa dos direitos humanos, do meio ambiente e da paz mundial.
Extrovertido e bem-humorado finalizou essa entrevista dizendo
que tem a vitalidade revolucionária de um jovem de 27 anos e que mesmo com 72
anos de idade (que fará este mês) só começará a escrever suas memórias, porque
ainda tem muita luta pela frente, após comemorar seu centenário. Concluiu. INTERPRESS / AGNOT3M / VK:






























